LuXCorpUS

O teu universo em constante trespassar de mim.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Sim… Não…

As mãos eram leves.
Ela concentrava-se para as sentir.

Estava deitada de costas. Imóvel.
Não o via, não o ouvia.
Os gestos mais que sentidos. Pressentidos.

Ele respirava baixinho, para que nada quebrasse o silêncio e nenhum som ou movimento a distraísse das mãos, da pele.
Ficou em silêncio também, não deixando escapar um suspiro que fosse. Não lhe dando a mínima indicação do que sentia.
Não lhe facilitando a tarefa.

Fingia que dormia … Ele fingia que acreditava.
Fingia que não o sentia … Ele fingia que não via o rasto, o arrepio que nascia na pele e marcava o caminho percorrido.
Fingindo que não a sabia presa ali, nos gestos, no toque, nas mãos.

Ele ousou mais, provocou-a mais, pressionou a pele, a carne. Demorou-se nos locais que ele sabia a fariam assumir o suspiro, o desejo.

Ela sentiu o peso do corpo sobre as costas.
Mesmo assim não abriu os olhos.

A língua dele molhou-lhe a orelha, os dentes mordiscaram-na.
A frase gargalhada ao ouvido: - Fingida!


V A

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VIRar o olhO ao contRÁrIo o_O

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